terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A vida vale pelos seus encontros.
Embora ela traga-nos alguma dor, reafirma sua poética e rara beleza nos laços firmes de amor e amizade.
Hoje amigos, gostaria de dizer-lhes tantas palavras.

Mas me fogem à mente embora estejam vivas no coração.
Vcs são fortes e jovens.

Corajosos e bons.

Fiquem conosco, por favor.

Preciso contar-lhes as lembranças: o baleiro, a esquina, a música, o café pretinho que animou-nos a alma tantas vezes. Preciso dizer-lhes das horas a fio que tecemos risadas e chorinhos também. Dos segredos guardados como as trufas de chocolate no fundinho dos guarda-roupas. Dos momentos de sol e calor, de mar e água de coco. Das piadas que encheram a alma de alegria e graça. Do vôo de avião e do voar de asas das sonhos e projetos. Da viagem que ainda sairá e do casamento mais inventado do mundo! Dos negócios, dos cachorros, das baladas e dos medos e angústias. De como se salvam nossas vidas a partir de um pouco de sono e tranquilidade. Dos anos de vida comemorados em festa e dos perdidos, em email escrito de coração e esquecido. Das visitas no interior, dos almoços suculentos, bifes à cavalo e muquecas especiais. Das aulas compartilhadas e dos dramas da vida a dois. Dos dias de estudo e disciplina. Dos casos construídos um a um e das invenções criativas. Da surpresa e susto, aos dias com sol e mel.

Queria cantar-lhes as músicas e dizer para resistirem.
Resistam.

A vida, já diz nosso poeta, poetinha camarada, é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida. É a gana de continuar ali onde falta um pouco de ar e fôlego.

Nossas confusões amigos. Nossos desenganos.
Nesta hora, a certeza única é de que tudo valeu à pena e vale tanto e muito e quanto a gente puder seguir e continuar.

Persistam.

Estamos aqui. E se isso não bastar pegaremos juntos os esfarrapos que somos e teceremos uma grande colcha de retalhos. Forte a cada pedaço remendado. Não temamos a vida. Ela é gloriosa mesmo nas adversidades. Ela nos faz mais humanos e reais.

E se de tudo, a gente não souber o que fazer, sentemo-nos à mesa ou à cama e choremos conforme nossa dor e nosso amor mandar.
Sendo nós mesmos com certeza seremos melhores.

Amo vocês.



Para Breno e Welber.

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