terça-feira, 14 de abril de 2009

Catarse

Versos mudos e interpelados
fazem juz ao corpo extenso...
De maneira abrupta a palavra extrapola
o campo vazio da intersubjetividade.

Minha palavra rompe o silêncio do mundo
clara em expressão de indignação

Os homens
às vezes vermes
às vezes deuses
perfazem caminhos distintos e transitórios.

Capturada por um som
entregue à melodia perene...

Não há sentido que ultrapasse a vida breve...
Minha poética é pura catarse!

domingo, 5 de abril de 2009

Mil tons distintos

As marcas no papel
não são as de minhas letras
são memórias.

As letras subscrevem lembranças quase descolores.

Há ainda
entre aquilo que imprimo e aquilo que examino
alguma cor.

As palavras
fios de algodão doce
tecem linha e colorido.

O corpo apaga-se em mil tons distintos
só para apanhar certa transparência solene.

Não há como significar tudo.

As cores não são dizíveis
são extensões...

...meu corpo é pura extensão.