quarta-feira, 11 de maio de 2011

Superfície...

Minha pele está envelhecendo.
Os riscos em minhas mãos... os traços sob meus olhos...
Torno-me mais leve. Pouco a pouco, opaca.
Ela faz frio.
Encobre-me ainda como a um bebê. Mas envelhece.
No reconhecível de suas marcas, o corpo delinea-se melhor de algum modo.
Tem mais curvas agora. Mais estradas.
Movimento descendente de vida afora...
Traços.
Traço a traço, coleção.
E eu que nunca fui de fazer coleções encontro certos contornos e cores ao derredor de meus dedos.
De minhas narinas.
De meus pés. Cansados, às vezes, outras tantas, vibrantes.
Há específica vibração no envelhecer...
Ele nos arrasta.
Ele dança.
Ele convida.
Ele arranca.
São de meus poros que eu cultuo o nada.
Uma busca por afazeres inúteis.
Como descanso de pedras e borboletas.
Deixo-me ao eleve...
Silencio.

Um comentário:

Anônimo disse...

"...eicífrepuS"

Esse frei pus

Ei, se frei pôs...

Ace frepus

Eicífrepos








F.