sábado, 9 de maio de 2009

à altura

Já não fazes arco-íris,
os dias são nublados,
mesmo neste calor infernal.

Não estou à altura
de teu fanatismo enlouquecido.

Enlouquecida não sinto,
nem sonho, nem água, nem deserto.

Estás afastando de nós
o espaço do entre-amor
vívido e quente.
No lugar
está a distância descontente.

O que somos não entendo mais.

O amor não se faz na cama
apesar do dia amanhecer...

Não dormirei mais ao teu lado,
já que ao teu lado não estou.

Se não partires por fraqueza
deixo à altura da porta
um retrato
apagado pelo tempo
e vou-me embora.

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