As marcas no papel
não são as de minhas letras
são memórias.
As letras subscrevem lembranças quase descolores.
Há ainda
entre aquilo que imprimo e aquilo que examino
alguma cor.
As palavras
fios de algodão doce
tecem linha e colorido.
O corpo apaga-se em mil tons distintos
só para apanhar certa transparência solene.
Não há como significar tudo.
As cores não são dizíveis
são extensões...
...meu corpo é pura extensão.
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