Os antigos sempre tinham livros de receitas... Ainda me lembro dos de minha falecida avó. Tinham papeizinhos amarelados de tão velhos guardados junto aos escritos a lápis. Quando se abria um deles saía aquele cheirinho de guardado.... Coisa curiosa.
Uma simplicidade saborosa. Ali se tinham inúmeras receitas: biscoitos, pães, bolos, tortas, chocolates, pimentões recheados, salgadinhos, maçãs do amor... se lembram disto? comíamos em festas juninas... e o frio até ficava mais rubro... ainda tinha receita de macarrão, de arroz, de feijão! Pensam que acabava nisso? Tinha receita pra dar e vender.
Me ocorre até uma lembrança esquisita: os biscoitos água e sal que minha avó levava ao forno. Comíamos aquilo como se fosse o prato mais saboroso do mundo!!! crianças...
Quando fuçávamos os livrinhos esperávamos mesmo era acharmos segredos.
Qualquer papelzinho daquele era motivo para investigação... colocávamos a devanear... achando que por detrás das receitas escritas com letras trocadas haveria algo a nos dizer talvez mais...
É engraçado como de coisas esperamos outras. Como que de receitas das coisinhas gostosas de comer talvez esperássemos algum indicativo seguro... bem que se podia ter criado uma receita para o amor, por exemplo...
Não receita de bula... mas receita de comer... algo assim bem recheado.
Que quando fosse perdendo a graça, leríamos no livrinho e poderíamos prepará-lo de modo novo... o mesmo arroz, cozido diferente.
Tipo o biscoitinho água e sal re-assado no forno depois de pronto! Sabor inédito.
Hoje peguei meu livrinho de receitas para organizá-lo.
Ao abrí-lo revi ali receitas que jamais experimentei mas estão lá... bem à altura das mãos...
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